A Receita Federal divulgou as novas diretrizes para a tributação de produtos importados comprados por meio de e-commerce. A principal mudança anunciada diz respeito à aplicação de impostos sobre bens adquiridos por remessas postais e encomendas aéreas internacionais.
Compras de até US$ 50 serão tributadas em 20%. Já para produtos com valores entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, a taxação será de 60%, com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto. A nova tributação foi aprovada juntamente da Lei que instituiu o Programa Mover, sancionado pelo presidente Lula, e visa dar uma maior isonomia na cobrança de impostos entre produtos estrangeiros e nacionais.
Antes, compras internacionais de até US$ 50 feitas em sites internacionais de empresas que aderiram ao Remessa Conforme, como a Amazon, Magazine Luiz, AliExpress, Shein e Mercado Livre, eram isentas de imposto federal e estavam sujeitas apenas ao ICMS, um imposto estadual.
Portanto, remessas até US$ 50,00 com declaração de importação registrada até 31 de julho de 2024 seguem isentas do pagamento do tributo. O início de vigência da nova taxa, segundo a MP, é a partir do dia 1º de agosto deste ano.
Compras internacionais de 50 dólares serão taxadas
A partir de agosto, todas as compras internacionais de até 50 dólares serão taxadas em 20%, incluindo importações de lojas participantes do Remessa Conforme.
Vale mencionar que medicamentos importados por pessoas físicas continuarão isentos de qualquer taxa. Contudo, a medida provisória que trata da exceção de remédios ainda será publicada, segundo o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. Ainda, é importante esclarecer que lojas não-participantes do Remessa Conforme já são taxadas em compras no valor mencionado.
A expectativa da Receita Federal é que, a exemplo do que já acontece hoje com a alíquota de 17% de ICMS cobrada pelos estados, as plataformas adequem seus serviços para que no ato da compra o consumidor já saiba o quanto deve pagar para conseguir importar o produto. Com todos os impostos pagos no momento da compra, a liberação na chegada da mercadoria no Brasil se torna mais rápida.
Essas novas regras têm o objetivo de criar um ambiente mais justo para os produtores nacionais, garantindo que a importação de produtos não afete negativamente a competitividade das empresas brasileiras. Ao todo, segundo cálculos da Receita Federal, 18 milhões de remessas postais internacionais chegam ao Brasil mensalmente.
A cobrança de 20% de Imposto de Importação sobre compras de até US$ 50 pela internet não incidirá sobre medicamentos comprados por pessoas físicas, que seguem isentas, conforme o texto da Medida Provisória e regulamentação da Portaria MF.
Essa medida foi adotada em resposta a dúvidas de interpretação manifestadas por diversas associações de pacientes e profissionais da saúde.
Fonte: Site Contábil